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Força e superação: conheça a história de mulheres pioneiras no esporte brasileiro
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Força e superação: conheça a história de mulheres pioneiras no esporte brasileiro


Maria Lenk, Maria Esther Bueno, Aída dos Santos e Daniele Hypólito superaram desafios e abriram portas do esporte feminino no país.

Para conquistarem seu espaço no esporte, as mulheres tiveram que superar diversos obstáculos históricos, como a proibição da prática esportiva, por exemplo. Em 1900 ocorreu a primeira participação feminina em Olimpíadas, porém, em apenas duas modalidades: tênis e golfe. No Brasil, até 1979, mulheres eram proibidas por lei a praticarem esportes “incompatíveis com a sua natureza”. Apenas em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, houve a igualdade real, com mulheres disputando todas as modalidades olímpicas que os homens disputavam. 

Ainda hoje, a desigualdade é grande. De acordo com relatório apresentado pelo “Movimento é Vida”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – a prática de exercícios físicos por mulheres no Brasil ainda é 40% inferior aos homens. Mas, ainda com todos os desafios e barreiras, a força feminina sempre esteve presente no esporte e tem rompido barreiras.

Mulheres históricas e inspiradoras abriram caminho para as nossas atletas de hoje brilharem com mais liberdade e mais espaço. Conheça abaixo algumas dessas atletas pioneiras que revolucionaram o esporte feminino brasileiro e abriram caminho para outras mulheres e tornaram possíveis diversas conquistas brasileiras.

Maria Lenk

A ex-nadadora Maria Lenk é a pioneira oficial do esporte feminino no Brasil. Ela foi a primeira mulher brasileira a disputar uma Olimpíada, em 1932, nos Jogos de Los Angeles. A atleta começou a nadar para tratar problemas respiratórios, mas se destacou e se tornou um ícone para o esporte nacional. 

Em 1936, Maria Lenk foi a primeira nadadora do mundo a competir na prova dos 200m no estilo borboleta, prova que posteriormente se tornou oficial. No auge da carreira, em 1939, após bater dois recordes mundiais, Maria Lenk teria a chance de se tornar a primeira medalhista olímpica brasileira, mas perdeu a chance após os Jogos de 1940 e de 1944 serem canceladas por conta da Segunda Guerra Mundial.

Maria Lenk é exemplo da força feminina no esporte e chegou ao Hall da Fama da natação, a única brasileira a alcançar o feito, e se tornou inspiração para atletas brasileiras desde então. Morreu aos 92 anos - e nadou até o fim deles.

Aída dos Santos

Aida dos Santos é uma ex-atleta brasileira do atletismo.  Nos Jogos de Tóquio, em 1964, foi a única mulher brasileira na delegação e tendo viajado sem técnico, sem tênis, sem uniforme. Ainda assim, alcançou o quarto lugar no salto em altura, resultado que, durante mais de três décadas foi o melhor resultado feminino no esporte nacional, até a conquista da medalha de ouro nos Jogos de 1996 por Jacqueline e Sandra no vôlei de praia. 

Quatro anos depois, nos Jogos da Cidade do México, Aída alcançou o vigésimo lugar no Pentathlon. Inspirou sua filha, Valeskinha, que se tornou jogadora de voleibol. Hoje tem um instituto para promover a inclusão social por meio do atletismo e do voleibol. 

Aída dos Santos recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no Prêmio Brasil Olímpico, em 2006 e, em 2009, conquistou o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.

Maria Esther Bueno

Chamada de “rainha do tênis”, a ex-atleta Maria Esther Bueno deixou um grande legado para o esporte feminino. Conquistou diversos títulos entre as décadas de 1950 e 1970, tendo conquistado títulos nas três décadas diferentes. Um feito memorável.

Ao todo, conquistou 71 títulos na carreira. Foi campeã quatro vezes do US Open, duas vezes de Wimbledon e foi finalista do Australian Open e Roland Garros. Nas duplas, conquistou os quatro Majors, ganhando todos seguidos em 1960.

É considerada o maior nome do tênis brasileiro, entre homens e mulheres e foi eleita a melhor tenista do século 20 da América Latina. Em 2012, ficou na posição 38 entre os 100 Melhores Tenistas da história. 

Daniele Hypólito

Daniele Hypólito é a ginasta brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos, ao todo foram cinco. Foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha no mundial de ginástica, um histórico segundo lugar, em 2001, e foi a precursora para que diversas atletas seguissem seus passos e se tornassem grandes nomes do esporte.

Ela já participou de 5 Jogos Olímpicos e conquistou 14 títulos nacionais e 10 medalhas em Jogos Pan-americanos. Com 36 anos de idade, Dani Hypólito segue firme na carreira e acaba de renovar seu contrato profissional com o seu clube, o Flamengo. Ela é a atleta mais completa e a ginasta brasileira mais experiente em atividade atualmente.

O Brasil Certo valoriza a história feminina no esporte e sabe do valor de líderes e de histórias inspiradoras na vida das pessoas. Na última sexta-feira, 9 de abril, o projeto realizou o seu segundo evento digital, com o tema “Medalha de ouro da vida”, e contou com a participação de Daniele Hypólito em um bate papo com a senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) sobre como sua experiência de disciplina e perseverança no esporte, como a vivida por ela, por Maria Lenk, Maria Esther Bueno e Aída dos Santos, pode inspirar, ajudar a salvar vidas e superar a pandemia.

Não conseguiu assistir ao vivo? Não tem problema. Assista agora em nosso canal no Youtube.